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Sou um simples dentista que desde 2000 viajo pela Europa. Nao me pergunte o porque de so Europa. Fui uma vez, duas e se nao me engano já fui 10 vezes, oque me da certa liberdade para tentar ajudar quem está indo pela primeira vez ou está indo de novo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

REINO UNIDO

Uma confusão comum é a diferença entre Reino Unido, Grã-Bretanha e Inglaterra. Reino Unido é a união de 4 países: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Porém, quando falamos de Grã-Bretanha, nos referimos apenas aos 3 países que formam a Ilha Britânica, os 3 primeiros citados: Assim, Reino Unido (Grã-Bretanha mais a Irlanda do Norte) tem o mesmo idioma, o mesmo governo, a mesma rainha, a mesma moeda, a mesma direção invertida - e, no entanto, características tão adversas como qualquer outro país do continente europeu. Tampouco seus povos deixam passar se confundidos um com outro. Neste capítulo, Londres, na Inglaterra, e uma introdução à Escócia.


Que País é esse
Nome: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (United Kingdom of Great Britain and Northern Irland; popularmente, apenas UK)
Sistema/forma de governo: Monarquia Parlamentarista
Nacionalidade: Britânica (British, genericamente, e em cada um dos países, English, Scotish, Irish e Welsh)
Capital: Londres (London)
Idioma: inglês (English)
Moeda: Libra Esterlina (pound)

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Geografia
Área: 244.820 km² (um pouco menor que o estado de São Paulo).
População: 58 milhões de habitantes.
Fronteiras: Oceano Atlântico (N a SO), Mar do Norte (L), Canal da Mancha (S), Mar da Irlanda e Canal do Norte (O).
Clima: Temperado oceânico; na prática, espere dias nublados e aproveite. Se você estiver lá, e o sol for seu parceiro de viagem, considere-se um viajante afortunado.
Relevo: Morros irregulares e montanhas baixas; litoral com planícies (costa leste), escarpas e fiordes (Escócia), terrenos mais elevados (N e O), Montes Cambrianos (Gales), além de vales com lagos (Escócia), planícies onduladas, planaltos e colinas (Irlanda do Norte).
Ponto mais alto: Ben Nevis 1343m.
Grupos étnicos: Maioria de ingleses, com expressivo número de escoceses, irlandeses, galeses, indianos, paquistaneses e muitos estrangeiros.
Religiões: Católica 21%, Anglicana 20%, outras religiões cristãs 39%, Islâmica 11%, Sikhismo 4%, Hindu 2%, Judaica 1%, outras 2%.

Economia
O Reino Unido é uma das grandes potências econômicas e financeiras, estando entre as 4 maiores da Europa. Destacam-se serviços de banco, seguros e comunicação. Nas duas décadas anteriores o governo aderiu intensamente às privatizações, na medida em que reduzia o crescimento dos programas de assistência social. Sua agricultura é altamente mecanizada, produzindo 60% de suas necessidades com aproximadamente 1% de mão-de-obra.

História
A história da Inglaterra se confunde com história da Grã-Bretanha e do Reino Unido. A ilha era habitada por diversos povos ancestrais, destacando entre eles os Celtas, responsáveis pela construção de famosos monumentos de pedra como Stonehenge e Avebury. O domínio do poderoso império romano, séculos mais tarde, marca o desenvolvimento da ilha britânica. A chegada do cristianismo no século 7 assegura a expansão populacional na região. Ao longo dos séculos, sucessões de trono, batalhas e guerras. O protestantismo é introduzido por Eduardo VI no século 16.

A região da Escócia era habitada pelos pictos, que resistiram aos romanos. Foram ocupados também por bretões (às margens do rio Clyde), escotos (a oeste) e anglos (a sudeste). No século 8 começa o processo de unificação destas nações. O anglicanismo e o feudalismo entram na região pelas mãos da rainha Santa Margarida e do rei David I. Em 1296, a Escócia é anexada à Inglaterra. Depois desse período, o Tratado de Northampton reconheceu a independência da Escócia.

Durante a Guerra dos Cem Anos, os escoceses ficam do lado dos franceses (os Stuart). Em 1603, James IV da Escócia, sucessor da rainha Elizabeth I faz as duas coroas se unirem, assumindo o nome de Jaime I. Em 1707, Inglaterra e Escócia são oficializados como um único reino.

Por volta de 1760, o país cresce com a produção de algodão, tabaco e açúcar. Na mesma época, George III sobe ao trono inglês. Seu reinado é marcado pelo rompimento das relações com a colônia americana, que, em 1776, proclama sua independência. O império britânico, amparado na Revolução Industrial, na expansão marítima, nas ferrovias e na importância crescente de Londres vai tomando forma.

A partir da coroação da rainha Vitória em 1837, a Grã Bretanha se consolida como uma potência mundial, baseando sua economia na indústria de manufaturados e na exportação. Seu popular reinado acaba com sua morte em 1901. Nos primeiros anos do século 20, os papéis se invertem na política internacional britânica - a antiga hostilidade e temor perante a França e a Rússia são substituídos por uma atitude cordial, acontecendo o contrário com a Alemanha.

Durante as duas grandes Guerras Mundiais, a Inglaterra fica ao lado dos Aliados, saindo vitoriosa dos dois conflitos e celebrando o primeiro-ministro Winston Churchill após a Segunda Guerra. A partir de 1945, várias colônias britânicas adquirem independência, entre elas Índia e Paquistão. Em 1952 sobe ao poder Elizabeth II. Os anos 50/60 são prósperos para o Reino Unido, alcançado a liderança tecnológica e inaugurando a era da energia nuclear.

Em 1979 uma mulher, Margareth Tatcher assume o cargo de primeiro-ministro (vencendo três eleições consecutivas), e ganha o apelido de "Dama de Ferro", devido principalmente ao rígido controle da política monetária. O período em que esteve no poder é caracterizado por cortes nos programas de benefícios sociais, privatizações de estatais e uma guerra inusitada (nas Ilhas Malvinas, Falkland) contra a Argentina. Ainda assim, elege seu sucessor, John Major, também do partido conservador.

Em 1997, é a vez do partido trabalhista, com Tony Blair à frente como primeiro-ministro. A partir do ano 2000, a Inglaterra assume de vez seu alinhamento com os Estados Unidos, país que recebe seu apoio incondicional na luta ao terrorismo. No final de 2002, mesmo contra a vontade da maioria da população, a Grã-Bretanha decide invadir o Iraque ao lado das tropas do presidente americano George Bush, aumentando a impopularidade de Blair nos anos seguintes, o que não melhora em nada, em 2004, com a divulgação de fotos de maus tratos sofridos pelos prisioneiros iraquianos por soldados americanos.

Para o viajante
A grande maioria dos viajantes concentra-se em Londres. Com justiça. É uma das cidades mais atrativas, não apenas da Europa, mas do planeta. Museus, prédios históricos, parques, shows, intensa vida cultural. São inúmeras as atrações da capital inglesa. Se o seu tempo é escasso, não tenha dúvidas, fique em Londres. O seu cosmopolitismo a torna um centro verdadeiramente internacional, transcen-dendo os limites de uma cidade tipicamente britânica. Mais da Inglaterra (e seus países-irmãos), você encontra em seu belo interior, ou o countryside, como Oxford, Cambridge, York e Bath.

Mas também em grandes pólos industriais e bem menos charmosos como Manchester, Birmingham e Liverpool - esta última já tendo feito sua contribuição ao universo com os Beatles. Imperdível para quem tem um pouco mais de tempo é a Escócia. Edimburgo é sua encantadora capital, repleta de eventos no verão e charme durante o ano todo, tal qual o país, caracterizado por vilarejos, castelos, Highlands, uma paisagem única e um povo com uma forte raiz cultural.

Pegue seu carro, trem ou ônibus e descubra ao máximo as várias belezas que o unido reino da rainha e seus patriotas de sangue azul proporcionam aos seus não-súditos de sangue verde-amarelo.

Informações
Visto É obtido no momento de entrada no país.

DDI 0044

Feriados 1º de janeiro, 2 de janeiro (Escócia), Sexta-Feira Santa, 1º de maio, primeira segunda de maio, última segunda em agosto, 25/26 de dezembro.

Horário Bancos funcionam normal-mente de seg/sex das 9h30-16h30; excepcionalmente alguns podem abrir no sábado pela manhã, mas não conte muito com isso. Expedientes de comércio e escritórios vão das 9h-17h30, porém, especialmente nas grandes cidades, podem fechar mais tarde e abrir nos sábados e domingos. Em algumas cidades existe ainda um dia da semana em que as lojas ficam abertas até 19h ou 20h, geralmente quinta ou sexta. Aliás, para o comércio turístico e atrações em geral, os horários são bastante flexíveis, incluindo funcionamento em muitos feriados.

Informações O British Travel Centre fornece boas informações sobre Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, cada país com seu próprio balcão de atendimento. Repleto de mapas de cidades e regiões, com informações gerais e reserva de hotéis (£5), parar nesta central de informações é uma boa idéia para quem está pensando em explorar a ilha britânica. Fica em Londres, na 1 Regent Street, metrô Piccadily Circus, abrindo segundas das 9h30-18h30, ter/sex das 9h-18h30 e sáb/dom 10h-16h (9h-17h no verão). Ao longo do país, os postos, geralmente chamados Tourist Information Centre, são encontrados na maioria das cidades em zonas bastante centrais ou perto de estações de trem.

Telefone de emergência 999 para Polícia, Ambulância e Bombeiros.

Língua
Você estudou inglês a vida inteira, chega na Inglaterra e percebe que entende muito pouco? Ok, normal. Vai para a Irlanda e entende bulhufas? Tudo bem. Na Escócia você acha que estão falando um idioma africano? Yes, that´s it! Você deve ter aprendido, quando muito, o inglês americano, e no começo não vai ser fácil.

Como seria o ouvido, ora pois, de quem aprendeu o português de Portugal e chegasse no Brasil pelos sotaques, chiados e gírias do povo brazuca? Considere você este Joaquim Manoel... Para sua sorte e competência, quanto mais você ficar na terra da rainha, mais vai educar o ouvido. Para tanto, não hesite em pedir "Could you repeat please" , "Excuse me, please" ou simplesmente "Sorry?".

Eles já estão acostumados - sabem que muitos de seus próprios habitantes não falam bem o inglês; então, não esperam muito mais de turistas. Importante é: indiferente ao seu grau de (des)conhecimento do idioma, tente falar inglês - não apenas pelo proveito de sua viagem, mas para sua própria experiência. Não deixe para se arrepender na volta por não ter praticado mais...


Dicionário
Temos certeza que tudo isso você já aprendeu na escola - e fala com segurança, não? Então fica só pra lembrança...

Falo mal mas sou educado
Oi - Hi
Tchau - Bye (Bye)
Bom dia - Good Morning
Boa tarde - Good Afternoon
Boa noite - Good Evening/Good Night
Por Favor - Please
Obrigado - Thank you
Desculpe - I'm sorry
Com licença - Excuse me

Sobrevivência
Sim - Yes
Não - No
Socorro - Help!
Quanto custa? - How much is it?
Onde fica...? - Where is...?
Eu não falo inglês - I don't speak English
Caro - Expensive
Barato - Cheap

Contando...
Um - One
Dois - Two
Três - Three
Quatro - Four
Cinco - Five
Seis - Six
Sete - Seven
Oito - Eight
Nove - Nine
Dez - Ten
Coisas e Lugares
Aeroporto - Airport
Água - Water
Albergue - Youth hostel
Banco - Bank
Banheiro - Bathroom/toilet
Bebida - Drink
Camisinha - Condom
Cerveja - Beer
Comida - Food
Correio - Post office
Dinheiro - Money
Estação - Station
Farmácia - Drugstore/chemistry
Hospital - Hospital
Hotel - Hotel
Mapa - Map
Museu - Museum
Ônibus - Bus
Praça - Square
Restaurante - Restaurant
Rodoviária- Bus station
Rua - Street
Supermercado - Supermarket
Trem - Train

A Semana
Segunda - Monday
Terça - Tuesday
Quarta - Wednesday
Quinta - Thursday
Sexta - Friday
Sábado - Saturday
Domingo - Sunday

Segurança
Em geral, sem maiores problemas. Mulheres sozinhas embora não encontrem muitas complicações, devem evitar pegar os chamados mini-cabs (táxis particulares) em Londres, principalmente de madrugada. É bom ter um cartão de uma empresa de táxis confiável. Mais comum é ver bêbados trotando pelas cidades e, em geral, algum lunático total perambulando inofensivamente. Se por algum motivo você não se sentir à vontade, peça ajuda. A policia, normalmente atenciosa e prestativa, circula com freqüência pelas cidades, e mesmo à noite você deve encontrar gente. Viaje com cautela e sem stress.

Dinheiro
Valor de troca Em junho de 2004: com o dólar: £1 = US$1,79; US$1 = £0,55 / com o euro: £1= €1,49; €1 = £0,67 / com o real: £1 = R$ 5,69; R$1 = £0,17

Moeda libra esterlina (£), ou pound sterling, ou English pound ou mais comum e simplesmente pound, é dividida em 100 pence (ou apenas p, pronunciando-se pi). Existem moedas de 1p, 2p, 5p, 10p, 20p, 50p, £1 e £2 e notas de £1 (escocesa), £5, £10, £20 e £50. As notas emitidas na Escócia são diferentes das inglesas e devem ser aceitas em qualquer lugar do Reino Unido, apesar de, na prática, haver certa relutância em alguns shoppings dos demais países. Se possível, na Escócia, peça troco em notas inglesas. Por fim: brasileiros tradicionalmente desprezam moedas. Nunca perca, porém, a noção do valor da pequena e pesada moedinha de 1 libra.

Câmbio Há bancos e casas de câmbio em abundância pelas cidades britânicas. Agências de viagens e correios também oferecem este tipo de serviço e em cidades pequenas podem ser a única alternativa. Muitos câmbios não cobram taxas ou comissões, mas a cotação pode deixar a desejar. Em Londres, um lugar tradicionalmente decente para trocar o seu dinheiro é no Banco do Brasil (ver endereço no item Brasileiros). E para evitar crises financeiro-psicológicas, pense na moeda local e jamais, jamais converta para o quanto você estaria pagando em reais.

Custos Albergues podem custar 20 pounds ou cerca de 30 dólares por dia , os mais caros da Europa. Os independentes podem sair por menos, especialmente se você ficar 7 dias e pagar antecipado, dependendo, é claro, de lugar para lugar. Caro também é o privatizado transporte público. Permanecendo a partir de 3 ou 4 dias, considere tirar um passe semanal. Muitos museus e atrações são gratuitas; outras, nem um pouco. A Escócia é mais barata que a Inglaterra, e o interior desta é mais em conta do que Londres. Na capital britânica prepare-se para gastar. Um viajante econômico, dormindo em albergues, alimentado-se legal e passeando, gasta fácil 30 pounds por dia. Pra economizar mesmo, descole algum amigo por lá que lhe garanta a noite ou fique em albergues mais baratos, faça rango de supermercado, caminhe bastante (ou tenha um passe de metrô) e usufrua dos descontos ou entradas gratuitas nas atrações. Ou simplesmente aproveite bem.

Comunicação
Telefone Telefones públicos estão disponíveis por toda parte, às vezes as tradicionais cabines vermelhas. São utilizáveis tanto por cartão como moeda (neste caso com um mínimo de 20p para chamadas locais). Seu tempo de ligação rende mais nos dias da semana das 20h às 8h e sábados e domingos. Para ligações internacionais via Reino Unido, ligue 155. Para ligar a cobrar ao Brasil via operadora brasileira, disque 0800-89-0055 ou 0800-056-7442. Pagando na Inglaterra, o mais vantajoso são os cartões de pequenas empresas (outras que não a BT, British Telecom). Existem de £5, £10 e £20. O custo da chamada varia conforme o cartão, mas você pode conseguir falar com São Paulo por 11p e para o resto do Brasil por 18p o minuto. Alguns cartões podem descontar uma taxa pela conexão. Verifique preços/tempo/destino de ligação em cartazes deste serviço fixados em newsagents, as tabacarias que vendem balas, jornais e também os cartões. Para ligar do Brasil ao Reino Unido é 00 + operadora brasileira (21, 23 ou 25) + 44 + prefixo da cidade (20, caso Londres) + nº do fone.

Correio Um selo (stamp) de carta para o Brasil custa 99p; melhor mandar um postal, onde o selo sai 42p.

Internet Com uma boa estrutura turística, o Reino Unido conta com um sem-número de cyber cafés e pontos de internet. Preços variados, de horas promocionais a locais que podem ser bem carinhos. Barbada mesmo são algumas bibliotecas de acesso gratuito.

Viajando
Avião Aeroportos têm em quantidade, só em Londres existem cinco. O mais popular para vôos internacionais e conexões com o Brasil é o Heathrow, para o qual há um metrô esperando na porta para levá-lo ao centro de Londres (você não pensou em pegar um táxi, pensou?). Barbadas em vôos existem, e não é nada raro, especialmente fora da alta temporada e para estudantes (com a carteira) e/ou menores de 26 anos. Procure por agências como STA, Campus Travel ou Council Travel, especializadas em turismo estudantil e por companhias aéreas como a Easyjet e Ryanair. Outra fonte de informação são os anúncios de revistas gratuitas, como a popular TNT, Traveller Magazine ou Travelfinders, dispostas junto às principais estações de metrô, além da Time Out, vendida por toda a parte. Mas atenção, têm anúncios quentíssimos, mas também grandes enganações. Em todo o caso, se uma viagem aérea vem a calhar, vale conferir. Não se esqueça porém que há taxas de embarque.

Trem Para circular de trem pelo Reino Unido, Eurailpass não é válido. Sua opção, neste caso, é o BritRail, bom apenas para a Grã-Bretanha (portanto, excluindo as Irlandas), com passes para dias corridos (4, 8, 15, 22 e 30 dias) e flexíveis (4, 8 e 15 dias num período de 2 meses) - mas atenção, pois ele é vendido apenas fora da Grã-Bretanha. Para quem vai sem passe, mais barato é a combinação de trem e ônibus. Para sair da ilha em direção ao continente europeu, a melhor e mais cômoda pedida (mas não a mais barata) é atravessar o Canal da Mancha via Eurostar, o trem que faz Londres-Paris ou Londres-Bruxelas em 3 minguadas horas, e às vezes até menos. Os custos são variados, conforme vários fatores (só ida, ida-e-volta, dia da semana, horário, etc.), mas você pode ter uma idéia com valores entre £80 e £160. Portadores do Eurail têm desconto. Se você realmente estiver podendo, vale a pena ir do centro de uma cidade a outra em poucas horas, principalmente quando estamos falando de Londres e Paris.

Barcos, ferries e navios Sem grana sobrando, o ferry é uma opção para o Canal - mais barata e trabalhosa. Preços e tempo de viagem dependem de onde e do tipo de barco que você pegar. Os pontos mais comuns de travessia são Dover e Folkstone (indo para Calais e Boulogne na França), que despendem menos tempo. Uma viagem média de ferry leva aproximadamente 1h15 com um custo médio de £24. Mais de uma companhia faz o trajeto, e novamente, opções devem ser verificadas, assim como a possibilidade de descontos portando algum passe de trem ou a carteira de estudante. A viagem Newhaven a Dieppe (GB-França) ou outras longas travessias são mais comuns entre viajantes paranóicos com a entrada na Inglaterra, acreditando ser mais fácil de passar pela polícia alfandegária. E para os amantes do mar, além de Bélgica e Holanda, existem embarcações da ilha britânica para a Alemanha, Dinamarca, Noruega, Suécia e até mesmo Espanha, com viagens beirando 24 horas. Informações preliminares podem ser conseguidas no tourist information.

Ônibus O meio mais barato é o ônibus (não o mais confortável). A Eurolines é a companhia que cobre boa parte da Europa (grandes cidades em geral), ligando Londres ao resto do continente (incluindo a travessia de ferry). Algumas barbadas podem incluir um ticket com o retorno incluído, como os trajetos Londres-Paris e Londres-Amsterdam, ambos eventualmente encontrados com preços de £30 para uma jornada e £45 ida-e-volta - ou possivelmente por bem menos, se comprado com antecedência - levando, respectivamente, 10 e 12 horas para cada uma destas cidades. Outra oferta pode surgir em explorer-tickets, viagens circulares com direito a paradas por um bom período de tempo. Exemplo é Londres-Amsterdam-Bruxelas-Paris-Londres por £70 (podendo ser mais caro ou mais barato conforme variáveis). Informações em Londres no Victoria Coach Station, próximo à estação de Victoria. Viagens dentro do Reino Unido são feitas pela National Express, a companhia local. Passes e ofertas de ônibus são disponíveis num bom número de opções, com possibilidade de descontos para estudantes e menores de 26. Merecem atenção o Tourist Trail Pass, que você deve comprar fora do Reino Unido e os passes Jump on, jump off, ideais para mochileiros que planejam circular pela Escócia, onde um minibus faz um giro pelas principais cidades e regiões do país, com paradas estratégicas em albergues.

Carro Um carro alugado é uma boa pedida especialmente para conhecer a Escócia, onde se pode parar nos pequenos vilarejos e explorar bem o país. Por outro lado, é bom evitar circular em grandes centros como Londres, onde apenas para rodar dentro da zona 1 é obrigatório pagar uma taxa de £5 por dia com o novo pedágio urbano instituído. Acima de tudo, não se esqueça de que a direção dos britânicos está no lado direito e todo o trânsito é "invertido".

Carona Não é tão comum, mas rola. Na Escócia e Irlanda é mais fácil de se conseguir do que na formal Inglaterra.

Acomodações
Existem muitos albergues em todos os países do Reino Unido, tanto os pertencentes à associação (HI) como os independentes. E muitos destes últimos têm se convertido em rede, onde, após ficar determinado número de noites em algum de seus albergues, ganha-se uma diária grátis. Também são mais relaxados com regras, dispensando curfew e lock-out. Em Londres, para os independentes, é possível pagar antecipadamente por uma semana, por exemplo, menos do que se pagaria por 7 dias avulsos, caso permanecendo longas temporadas.

A acomodação genuinamente britânica é o Bed & Breakfast. Como o nome diz, garante uma cama (solteiro ou casal) e um café da manhã geralmente básico. Existem dezenas de B&B, podendo variar de prédios antigos, sujos e mal-gerenciados a rústicas casinhas impecavelmente bem cuidadas por um típico casal de velhinhos. O breakfast também varia. Café-com-pão-e-manteiga-e-geléia (o mixuruca e pomposo Continental Breakfast) a um verdadeiro café colonial. Quanto mais no countryside você entrar, mais provável será de encontrar as melhores opções, assim como Londres pode oferecer verdadeiras roubadas (entre muita coisa boa também). Há muitos B&B ao longo do Reino Unido, e não hesite em olhar o local antes de ficar. Observe também os banheiros, que podem ser de uso coletivo situados no corredor ou não terem chuveiros (apenas banheiras, muito comum).

Albergues custam entre £11 a £24 (espere os preços maiores em Londres), e B&B vão de £16 por pessoa em diante (podendo-se negociar o preço para temporadas a partir de uma semana). Ou seja, você até pode encontrar alguns na média ou mais baratos do que se estivesse dividindo o quarto com mais gente. Mas também é possível pagar mais e ficar num lugar pior. Não espere milagres. Um bom B&B não sai por menos £30 ou £35. Se o quesito for realmente economia, seus sonhos devem ser num albergue...

Comes & Bebes
Ingleses são famosos entre os europeus pela total falta de qualificações numa cozinha. Definitivamente, a gastronomia britânica está longe de ser tão popular quanto a francesa, italiana, espanhola ou qualquer outra. Seu prato mais típico é fish & chips, peixe com batatas (fritas, normalmente). Não é caro (para os padrões do Reino), aproximadamente £3-3,50, podendo ser mais caro/barato se comer no local ou levar (takeaway). Menos britânico e mais árabe é o kebab, churrasquinho giratório normalmente de carne bovina ou ovelha, entre £2,50 e £3,50. Inglês até no nome é o English Breakfast, aquele café da manhã gorduroso até a medula, onde servem bacon, salsichas, ovo frito, cogumelo, tomates e feijão branco, entre outras coisas levemente calóricas.

Ainda que sem grande apelo na culinária internacional, existem outros pratos tradicionais, como o Steak and Ale Pie (um picadinho de carne cozida com cerveja, servido com uma massa folheada) e os Roast Beefs (rosbife servido com molho), prato popular aos domingos e acompanhado do insosso Yorkshire Pudding (uma espécie de massa folhada sem recheio). Estes podem ser facilmente encontrados em pubs e não ultrapassam o valor de £7. Se nada disso apetece ao mais exigente dos paladares, ao menos você encontra todo tipo de cozinha nas cidades britânicas. Neste sentido, paulistas, que se orgulham da variedade gastronômica de sua metrópole, vão se realizar em Londres.

Mais típico ainda são as bebidas, ou melhor, as cervejas, apresentando várias marcas, muitas regionais. A variedade inclui lagers (leve e clara), bitters (amarga e mais choca) e stouts (preta e espumosa, tipo Guiness), geralmente servidas num pint (um copão de quase meio litro) ou half-pint (metade). Um pint sai entre £2 e £3.

Tradição não falta para onde comer e beber. Pubs são uma verdadeira instituição da Grã-Bretanha e Irlandas. Livros e guias exclusivos os detalham por todos os países do Reino - há listas dos melhores, os mais bonitos, os mais antigos, os mais isso e mais aquilo. Almoçar num pub não é tão caro (novamente, para os padrões deles), podendo custar a partir de £3,50, mas normalmente num valor entre £5 e £10, e com uma boa comida. Bebidas são servidas até às 23h, quando todos devem fechar. Repare no sininho que toca 15 minutos antes para lembrar dos últimos drinks. Em sua viagem, mesmo que você não beba, não deixe de ir ao menos uma vez a um pub. Veja como os ingleses se soltam com um copo na mão e divirta-se jogando dardos.

Brasileiros
Existe uma boa comunidade brasileira na Inglaterra, especialmente em Londres. Dezenas de serviços são oferecidos em português, inclusive revistas especializadas, destacando a tradicional Leros, gratuita e disponível no Banco do Brasil e no consulado, entre outros endereços afins, repleta de anúncios de serviços, e, mais recentemente, a cool e bilíngüe Jungle Drums, e o jornal semanal Brazilian News. Brasileiros, milhares. Há os que se radicaram, há os viajantes que estão dando um tempo, estudantes aperfeiçoando o idioma, os que estão atrás somente do trabalho em libras e centenas de turistas. Não estranhe ao ouvir português. É apenas mais uma das línguas que você vai escutar nos metrôs londrinos.

Embaixada
32 Green Street W1 - Londres
metrô Marble Arch Fone (020) 7499-0877
e-mail: info@brazil.org.uk

Consulado
6 St.Alban's Street, SW1 - Londres
metrô Piccadily Circus Fone (020) 7930-9055
e-mail: consulado@cgbrasil.org.uk

Banco do Brasil
34 King Street EC2V 8ES - Londres
metrô Bank Fone (020) 7606-7101
e-mail: londres@bb.com.br

Varig
Heathrow Airport - Londres
Fone (020) 8321-7170

TAM
Buldog House, London Road
Twyford Berkshire - Londres
Fone (020) 8903-4003

Pontos de venda de jornais e revistas do Brasil em Londres
Brasil Café 96
Charing Cross Road, entre os metrôs Leicester Square e Tottenham Court Road Fone (020) 7379-3277

Bem Brasil
East London 96 Cann Hall Road
metrô Leyton Fone (020) 8534-5514

SPI - São Paulo Imports
Queensway Market, loja F2, 23-25 Queensway Fone (020) 8599-8382

Nós lá fora
A comunidade brasileira é grande, mas não necessariamente unida. A grande maioria baseada em Londres. Brasileiros que moram não fazem muita questão de conhecer aqueles que estão apenas de passagem, seja porque estão realmente de passagem ou pra evitar confusão mesmo. Uma ajuda a um compatriota, porém, sempre é difícil negar, nem que sejam breves informações numa estação de trem. Se você planeja morar um tempo no Reino Unido, é interessante conhecer brazucas - é de onde podem surgir boas dicas de moradia, escola e até trabalho. Mas atenção, pois há brasileiros e brasileiros.

Barbadas & Roubadas
Londres merece uma boa visita. Se você vai ficar menos de uma semana, nem adianta querer conhecer o interior (no máximo uma day trip para Oxford, Windsor ou Greenwich). Há muito o que fazer na capital britânica. Organize seus dias. Londres não é uma cidade barata, mas não tenha medo de gastar, é seu investimento. Atente para algumas atrações específicas de seu interesse particular (arte, história, história natural, ciências, antropologia, design) e visite seus museus. Por outro lado, aproveite bem as boas atrações gratuitas: os parques, a National Gallery, shows no Covent Garden, mercados de pulga. Descubra a cidade, ande no segundo andar dos ônibus, caminhe bastante e não tenha medo de atravessar a rua - ainda que você não tenha a menor idéia por qual lado vêm os carros. Repare também no povo, ingleses, britânicos, imigrantes. Tire suas próprias conclusões sobre sua cordialidade. Pegue o metrô e veja como as pessoas se olham (ou não).

Lembre-se, porém, que a tradicional Inglaterra não está lá - e conhecer o countryside é recomendável para quem quer saber mais do Reino Unido - e viaja com tempo para isso. Um outro lado da cultura britânica, aliada a uma viagem excepcional, você faz no norte: Escócia, realmente imperdível, pra quem não está com os dias contados. Edimburgo é a mais bela cidade (como centro urbano) da ilha britânica e um passeio pelas Highlands é absolutamente cênico. Sentiu que seu inglês está mal na parada? Não pôde conhecer tudo que quis? Adorou Londres? Não hesite - matricule-se numa English Class e ligue pro seu chefe e para casa (e que seus pais não briguem conosco) dizendo que vai ficar mais!

INGLATERRA - LONDRES

Londres (London) é uma metrópole sem dono. Em seus metrôs, você vai ver indianos, árabes, norte-americanos, latinos, australianos, europeus em geral. Vai escutar tantos idiomas quanto não ouviria em qualquer outra cidade. Como em nenhum outro lugar, percebe-se que, se existe um centro do mundo, é ali mesmo, a capital britânica. Londres é a síntese de Nova York, Paris, Tokyo, Bombaim, Sydney, São Paulo, muito no que há de melhor (você vai descobrir ao longo do texto - e estando lá, é claro), e um pouco no que há de pior (clima, poluição, tráfego arrastado, homeless) - acrescido do inconfundível estilo inglês (afinal, ainda faz parte da Grã-Bretanha).

Explorar Londres merece no mínimo 5 ou 7 dias - ainda que 1 ano fosse o ideal. O poeta Samuel Johnson disse "Quem está cansado de Londres está cansado da vida". É verdade. Existem centenas de opções do que fazer. Ótimos museus, parques bem cuidados, teatros, galerias, pubs, cafés, shows, feiras, mercados, livrarias, bibliotecas, atrações turísticas em geral. Sim, gasta-se dinheiro (e é pra gastar mesmo, se é para deixar de aproveitar por economia, melhor nem ir), mas também há muitas opções gratuitas. Estar em Londres é um investimento em sua viagem, e, sem exagero, em sua vida.


Informações
Código de acesso Londres tem um novo código de acesso desde 2000. O que antes era 0171 (zona 1, central) e 0181 (a partir da zona 2, para os arredores), se fundiu num único código 020. O 7 e 8 passaram a incorporar o número fixo do telefone, mantendo a identificação geográfica no prefixo.

Centros de Informação Além do British Travel Centre, na Regent St., fornecendo informações variadas sobre a Inglaterra e o Reino Unido, existe um bom posto de informação sobre Londres (London Tourist Information Centre - TIC) próximo à catedral de St. Paul's. Outros Centros de Informações são encontrados nos principais aeroportos e nas estações de Waterloo (terminal internacional), Liverpool e Victoria. No TIC da Regent St., em Victoria e no aeroporto de Heathrow reservas de acomodação podem ser feitas por £5 para hotéis e B&B e £1,50 para albergues. Outra boa fonte é a revista Time Out, ainda que num primeiro momento é possível se perder com a quantidade de informação da publicação. A revista disseca a semana em Londres, de shows e teatros às tradicionais atrações turísticas. Vendida por toda a parte, é publicada às quartas-feira e custa £2,20. Outra boa revista é a TNT, para viajantes que também estão de olho em acomodação, num apê para alugar ou mesmo em trabalho. Esta é gratuita, nos mais concorridos metrôs da cidade e em alguns albergues. E pra quem não quer correr nenhum risco de se perder na capital britânica, o guiazinho London A- Z tem mapas de todas as ruas, útil pra quem for ficar bastante tempo ou circular muito.

Internet Existem muitas opções, mas as barbadas de internet numa cidade cara são as diversas bibliotecas espalhadas em vários bairros disponibilizando acesso gratuito. Muitas vezes é necessário marcar hora, mas se você topar esperar pode descolar um terminal para navegar de 15 minutos a 1 hora. Uma que quase nunca tem fila é a de St. Pancras, bem em frente à estação de metrô King´s Cross. Internet paga, uma opção são as diversas lojas da rede EasyEverything, todas com uma centena de terminais, abertas entre 7h30 e 23h. O preço varia de acordo com a lotação do local: quanto mais gente, mais caro (e no começo e no fim do dia está mais vazio), com acessos a partir de 50p. Entre os vários endereços estão: 9-16 Tottenham Court Road (metrô Tottenham Court Road), 160-166 Kensington High Street (metrô High Street Kensington), 456-459 The Strand (metrô Charing Cross) e 9-13 Wilson Road (metro Victoria). Outros cybers com preços fixos (freqüentemente £1 a hora) você encontra por toda cidade, como em Bayswater (vários na Queensway e arredores, incluindo no shopping) e Camden Town.

Na cidade
Orientação
É muito fácil orientar-se em Londres, principalmente utilizando o metrô (underground ou tube), apesar de um viajante recém-chegado achar confuso no começo. A cidade está dividida em 6 zonas. A zona 1 é onde se concentra a maior parte dos museus, galerias, atrações em geral. Alguns parques podem estar situados mais longe. E, caso você tenha algum amigo morando em Londres, muito possivelmente o mesmo esteja em zona 2 em diante, visto que os aluguéis são mais baratos e/ou as residências melhores.

Se você já mandou carta para Londres, escreveu no endereço alguma sigla tipo NW, SE, WC, acrescido de um número. Isto representa a área ou o distrito de determinada rua, localizando como North West (norte e oeste), South East (sul e leste), West Central (oeste e centro), etc. Às vezes é o grande diferencial para achar um endereço, já que existem muitas ruas exatamente com o mesmo nome, apenas em regiões diferentes. Se você for se locomover pelos extremos da cidade (praticamente fora das "áreas turísticas"), vale a pena comprar o já citado London A-Z.

Mas genericamente o melhor ponto de referência são as estações de metrô. Suas linhas cobrem bem toda a zona central de Londres e com paradas mais distantes entre si nos arredores, quando pode ser necessário uma combinação com ônibus ou trens (British Rail, percorrendo a Grande Londres e bairros onde não há metrô). Para um turista, no entanto, quase tudo fica na zona central, ou a chamada zona 1, e, apesar de compreender uma área de significativo tamanho, pode-se caminhar de alguns pontos a outros. Se existe uma área realmente central, esta é a movimentada Picaddily Circus ou ao redor de Leicester Square, bastante próximas entre si.

Chegando e saindo
Para o aeroporto de Heatrow, de onde saem o maior número de vôos internacionais, inclusive de/para o Brasil, a maneira mais rápida é o Heathrow Express que liga o aeroporto à estação de Paddington a cada 15 minutos, levando 20 minutos. Custa £13 ida ou £25 ida e volta. A linha de metrô Piccadilly line faz o trajeto, com um single ticket custando £3,80 (saindo ou chegando da zona 1) e one-day-travelcard (ver circulando) cobrindo o percurso.

Apesar da rapidez do metrô, o aeroporto é longe e leva quase 1 hora do centro de Londres. Mais caro (£8, ida ou £12 ida e volta) e levando 40 minutos o ônibus (Airbus) da National Express ligando o aeroporto à Victoria Station é outra possibilidade. Para os que preferem um meio termo entre transporte público e os táxis, há ainda o Hotelink, uma empresa de microônibus que pega o passageiro na porta do hotel/albergue/B&B e leva até o seu terminal de embarque. Basta ligar com um dia de antecedência para o telefone 01293 532244 e pagar £15, ou para Gatwick por £22. Para os demais aeroportos (London City, Stansted e Luton, e também Gatwick, mais comuns em vôos charter e/ou pela Europa), não há metrô e deve-se chegar por trem (que parte de Victoria para Gatwick, o mais popular depois de Heatrow) ou ônibus.

Existem várias estações de trem, todas servidas por metrô. As maiores são Victoria, Waterloo, Liverpool St., King´s Cross, St. Pancras, Paddigton e Euston. Viajando de trem pela ilha britânica ou em direção ao continente europeu, chegando ou saindo, certifique-se sempre qual é a estação correta.

A estação de ônibus, Victoria Coach Station (observe que não se chama bus station) fica a alguns minutos à pé da estação Victoria. Você pode cortar caminho indo por dentro da estação e subindo a escada rolante do shopping, andando a seguir mais uma quadra.

Circulando
Transporte em Londres é bem caro. Uma simples viagem de metrô sai por £2 dentro da zona 1, e £2,20 se incluir também zona 2. Ônibus é um pouco menos, variando conforme o destino, mas custando em média £1 em zona 1 ou £0,70 fora da mesma. Boas opções são o ticket de 1 dia, carnê com 10 tickets, passes exclusivos para ônibus ou o ticket de 1 semana. Considere possível pequenos reajustes ao longo de 2004 e/ou 2005.

O bilhete avulso para o metrô e para os ônibus você compra nas maquininhas nas próprias estações (indicando o tipo de passagem que você quer e o destino, adult single e one way ou return, caso já queira a volta) ou em máquinas automáticas existentes em paradas de ônibus (em alguns veículos, naqueles que você entra pela frente, ainda é possível pagar direto ao motorista, mas este sistema está deixando de existir, especialmente na área central, onde você já deve obter o ticket ao ingressar no bus). Ônibus com cobrador, aqueles que você entra por trás (naquela porta que não tem porta e você pensa se não vai cair ) você ainda compra dentro do carro. Lembre-se de sempre guardar o bilhete durante a viagem caso bata a fiscalização nos ônibus e para sair da estação de metrô.

O ticket de 1 dia é o one day travelcard e pode valer apenas para zonas 1 e 2, por £4,30 ou para as 6 zonas de Londres, £5,40, em todos os transportes (exceto para os ônibus noturnos e Airbus) a partir das 9h30 em dias úteis ou desde cedo em sáb/dom. Vale a pena para quem vai circular bastante, mas permanecendo em Londres por poucos dias. Organize seu tempo total na cidade com viagens de metrô e ônibus para alguns dias e outros para caminhadas e distâncias menores.

O carnê são 10 tickets de metrô comprados antecipadamente, apenas para zona 1 e podendo ser usado no período de um ano. Custa £15 e é mais barato que 10 tickets avulsos, mas não é necessariamente mais vantajoso que um ou dois tickets de 1 dia ou uma carteira semanal.

O Ticket de Final de Semana (weekend travelcard) sai mais em conta que dois tickets separados e permite a viagem sábado e domingo em ônibus e no metrô. Custa £6,40 para zonas 1 e 2 ou £8,10 para todas as zonas.

O passe de ônibus vale para o próprio, podendo-se optar pelas zonas e pela validade diária ou semanal. Custa, conforme o tipo, de £2,50 para um dia ou £9,50 a semana, ambos abrangendo as 4 primeiras zonas.

O ticket de uma semana vale para todos os transportes (inclusive à noite). Zona 1 apenas custa £17; zonas 1 e 2 sai por £20,20. Para quem vai ficar mais tempo, existe ainda a carteira (photocard) para 1 mês, por £65,30 zona 1, £77,60 zonas 1 e 2. Para fazer esta carteira é preciso uma foto tipo passaporte; recebe-se um ticket para 30 dias que deve ser utilizado nas catracas de metrô ou apresentado ao motorista ou cobrador de ônibus. Entra-se e sai das conduções a hora que quiser e se você for ficar por algum destes períodos de tempo, é realmente uma boa pedida (e também porque você já paga o ticket e esquece a grana que custa o transporte londrino).

Enfim, se você realmente quer economizar nos transportes de Londres, além de andar bastante vai ter que pensar e planejar o seu roteiro para comprar o tipo de passe ou ticket mais adequado ao seu esquema de viagem.

Viajar sem a passagem ou um passe válido ou de zona inadequada garante uma multa de £10 no metrô e de £5 no ônibus, e como o valor não é um absurdo (considerando-se ser uma multa), os caras cobram na hora, sem chorumelas do gênero "turista-burrinho".

Os metrôs funcionam, conforme a linha e a estação, até 23h30 ou 0h30 e ônibus noturnos (night bus) cobrem quase toda a cidade, saindo ou cruzando paradas centrais em Trafalgar Square e/ou Tottenham Court Road. Mapas de metrô e das linhas de ônibus são indispensáveis e, assim como informações de transportes, são conseguidos gratuitamente na maioria das estações. Lembre-se: metrôs são rápidos e eficientes, mas você não é tatu. Apesar da lentidão do trânsito londrino, não deixe de pegar um dos ônibus de 2 andares e ficar de bobeira lá em cima admirando a vista...


Comes & Bebes
Comer aqui não é barato. O que tem de mais acessível, sentando num restaurante, é comida chinesa a partir de £5 (em Chinatown, grande oferta, e alguns buffets nas imediações de Leicester Square) e pizzas a partir de £4,50 (principalmente as tradicionais cadeias). Estas mesmas opções, além de baratas, oferecem aos glutões o all you can eat, ou coma até agüentar, nesta mesma média de preço, interessante pra quem realmente come muito. No Soho existem alguns bons restaurantes italianos em estilo buffet, cobrando preços diferenciados entre o almoço e a janta, em torno de £4,50 e £5,80, respectivamente. Mais baratos são os kebabs (pão sírio com carne de carneiro ou galinha mais alguns temperados molhos) por toda cidade, a partir de £2,80. Em Londres, você encontra também muitas alternativas de restaurantes e bares brasileiros. Pra quem está com saudades de casa: Paulo's Restaurant, 30 Geryhound Road, fone 7385-9264, metrô Hammersmith. Brazilian Touch Cafe, 40-42 Oxford Street, dentro da loja Whistleshop, metrô Tottenham Court Road; Delizioso Café, 90B Cleveland St., fone 7383-0497, a 10 minutos da mesma estação de metrô do anterior. Nestes dois últimos são servidos a tradicional trinca feijoada + pão-de-queijo + guaraná por £5,50.

Comida inglesa mesmo é o fish & chips, que você também encontra por toda parte, a partir de £3,40, mas comendo na rua. Em pubs, num local bem tradicional, você pode almoçar por a partir de £5. Barato mesmo, lanche de supermercado. Os mais centrais são o Tesco, na Oxford Street e outro em Covent Garden, ambos com sandubas e lanchinhos prontos. Aliás, se o rango inglês é fraco, os caras compensam com comidas prontas de supermercado, onde você encontra de tudo e até bem razoável. Supers mais afastados são ainda mais baratos. De olho no preço, confira a marca que leva o nome do supermercado, é a grande barbadinha.

Atrações
Organize o seu tempo. Não importa quantos dias você for ficar, sempre terá alguma coisa a fazer. Começamos por listar algumas áreas de interesse, onde concentram-se vários dos museus e atrações que vêm a seguir. São todas centrais e pode-se (e deve-se) ir caminhando de uma a outra. Áreas menos turísticas e igualmente atrativas podem ser conferidas nas feiras e mercados, apresentados mais adiante.

Bairros, áreas, ruas
Piccadilly Circus Um chafariz, um grande painel de neon e muita gente. É um bom ponto de partida para começar a explorar Londres.

Leicester Square Efervescência turística (assuma que você faz parte). Calçadão com uma praça, cinemas, bares, restaurantes, lojas, galerias, shows de rua. No meio de tudo, a dúvida é para que lado prosseguir.

Trafalgar Square Turistas disputam com as pombas os espaços em volta da Coluna de Nelson nesta que é a praça mais popular de Londres. No calor do verão, o chafariz vira piscina pública. Não deixe de ir na National Gallery, bem na frente.

Covent Garden Delicioso local onde era um antigo mercado de verduras. Espaço para shows de rua, de rock à música clássica, de mímicas a performances em geral, rodeado de bares e lojinhas. Um bom programa de domingo.

Soho Mais londrino e menos turístico que os demais, é onde a noite é mais longa. Por seus bares, cafés, clubs e livrarias circulam boêmios, gays, mauricinhos, prostis, drag-queens, curiosos e todas as figuras que habitam a noite de uma grande cidade. Mas, sem stress, é normalmente tranqüilo. Descubra alguns restaurantes de barbada por lá.

Chinatown Londres tem o seu reduto chinês, e é um dos lugares onde se pode comer mais barato, entre Soho, Piccadilly e Leicester Square.

City É a região mais antiga e local que marca o nascimento de Londres, a quase 2 mil anos atrás, na época batizada pelos romanos como Londinium. A London Bridge, primeira ponte sobre o Tâmisa, demarcava o centro da City. Boa parte desta zona ardeu em chamas no grande incêndio de 1666. Hoje é centro financeiro e a região dos yuppies, executivos e engravatados de plantão.

Rio Thames (Tâmisa) O charme do rio de Londres cruzando a metrópole. Uma caminhada legal é entre a ponte de Waterloo (vindo de Covent Garden ou do South Bank Centre, veja a seguir) e a ponte de Westminster, onde o Big Ben não vai deixar você se perder. E, mais recentemente, um novo ícone na paisagem, The London Eye, a gigantesca roda gigante.

South Bank Centre Centro cultural à beira do Thames (atravessando da estação de Embankment, se for de metrô), abrigando o Royal National Theatre, The National Film Theatre, Royal Festival Hall e Hayward Gallery (já hospedou também um ótimo museu do cinema, o Momi, que talvez, quem sabe, um dia, reabra). A programação, não destinada exatamente a turistas, é variável e você a consegue no local ou em qualquer Informações Turísticas. Também é uma agradável parada para um café.

O Poder: Igreja e Estado
Houses of Parliament As Casas do Parlamento (metrô Westminster) são a própria pomposidade britânica e o Big Ben, sua multifamosa torre do relógio, entre tantas atrações, é provavelmente o símbolo de Londres. O que pouca gente sabe é que o Big Ben não é o reloginho, mas o seu sino principal. O prédio, do século 19, é uma orgia neo-gótico-renascentista-medieval e abriga duas câmaras, House of Commons e House of Lords. Qualquer pessoa pode assistir gratuitamente às sessões de debates a partir da Visitors Gallery; na Câmara dos Lordes o horário é de seg/qua a partir das 14h30, quintas a partir das 15h e sextas a partir das 11h; na Câmara dos Comuns, às segundas das 14h30-22h, ter/qua das 11h30-19h, quintas das 11h30-18h e sextas das 9h30-14h30. Sempre ligue antes (7219-4272) para confirmar se está havendo sessão. Toda quarta-feira ao meio-dia é Question Time, onde o Primeiro Ministro é interpelado pelos parlamentares. Ingressos disponíveis a partir da Embaixada Brasileira. É importante observar que estas visitas incluem apenas os debates políticos. Mas durante o verão, as Casas do Parlamento são abertas à visitação guiada através de várias salas e onde os guias destrincham a história política do país. Se você se interessa em ir além das badaladas do Big Ben, vale muito a pena. De julho a agosto: seg/ter e sex/sáb de 9h15h-16h30, qua/qui de 13h15-16h30 (mesmo horário nas terças em setembro e outubro). O tour dura em média 75 minutos e custa £7 (£5 estudantes). É necessário comprar ingresso com antecedência do Houses of Parliament Tickets Office, que fica em frente ao prédio.

Westminster Abbey (Abadia de Westminster) Praticamente junto ao Parlamento, metrô Westminster, aberto seg/sex das 9h30-15h45 e sábados até 13h45. Entrada £6/3 (estudante). Erguida no século 8 e alargada no século 11, é o local de coroação dos monarcas britânicos - veja a Coronation Chair (cadeira da coroação) atrás do altar. Mais recentemente, na Abadia, foi realizado o funeral da princesa Diana (apesar de ela estar enterrada em Althorp, fora de Londres), mobilizando multidões.

Nº 10 Downing St. No Whitehall, vindo pela Parliament Street. É a residência do primeiro ministro, onde já moraram Margareth Tatcher, John Major e atualmente hospeda o trabalhista Tony Blair e sua penca de filhos. Prepare-se para ficar parado em frente aos portões guardados, cercado de turistas tentando tirar uma foto do que é basicamente uma porta fechada.

Buckingham Palace Caminhando dos metrôs de St.James Park ou Green Park, ou seguindo a pé de Westminster ou do Parlamento. Não espere nenhum Versailles, mas, enfim, é o Palácio de Buckingham e a residência oficial da família real. Pra ganhar mais alguns trocados, a Rainha Elizabeth resolveu abrir o palácio aos seus súditos de todo o planeta durante 2 meses ao ano. A visitação normalmente é em agosto e setembro, todos os dias de 9h30-16h15 e o ingresso não é barato (£11,50 ou £9,50 para mais de 60 anos e estudantes). Em frente ao palácio, gratuito, acontece a pomposa troca da guarda, um teatrinho abalroado de turistas mas que diverte alguns. Diário no verão, dias alternados no inverno, às 11h30, mas quem quiser ver deve chegar cedo, pois o espaço é disputado, com gente levando até cadeirinha.

St. Paul's Cathedral Metrô St. Paul's. Aberto de seg/sáb 8h30-16h. Entrada £6/5 (estudante). Das suas galerias se obtém uma bela vista de Londres. Esta catedral é uma das mais famosas da Inglaterra e sua cúpula é a segunda maior do mundo, só perdendo para a Basílica de São Pedro no Vaticano. Finalizada em 1710 em estilo barroco pelo arquiteto Christopher Wren, tem sido cenário de fatos marcantes na história do país, como o funeral de Winston Churchill (1965) e o casamento do Príncipe Charles e Diana (1981). Não deixe de visitar a Whispering Gallery (a 259 degraus do primeiro andar), uma galeria redonda, que com sua excelente acústica permite que uma pessoa sussure (daí o nome) de um lado e seja ouvida do outro perfeitamente.

Museus
Muitos dos museus concedem descontos para estudante, que devem ser conferidos no local. Alguns, aqui listados, oferecem entrada gratuita após determinado horário. Outros, por sua vez, não permitem o ingresso se você chegar quando estiver quase fechando (geralmente 30 minutos antes). Existe um passe, o London Pass, que permite acesso ilimitado a algumas atrações - mas são basicamente museus secundários, não valendo muito à pena.

British Museum Great Russel St., metrô Tottenham Court Road, abre diariamente de 10h-17h30 (quintas e sextas algumas salas até 20h30), entrada gratuita, apesar de sugerirem £2 de donativo (sim, nós sabemos que você já está dando...). É o grande museu britânico, mas a maior parte de sua coleção são objetos da Grécia, Egito, Roma ou Oriente Médio. Vasto, repleto de antigüidades, pode ser interessante para alguns, mas outros podem se entediar logo, logo. Destacam-se curiosidades como múmias e o homem de 2000 anos. Recém completado 150 anos, o museu investiu em seu rejuvenescimento com a construção de uma futurista cúpula de vidro e aço, além de novas galerias.

National Gallery Trafalgar Square, metrô Charing Cross, aberto diariamente das 10h-18h (quartas até 21h), entrada gratuita (exceto para alguma exposição específica). Uma das grandes galerias de arte do mundo, em todos os sentidos, apresentando obras dos séculos 13 ao 20. Exibe pinturas dos principais mestres como Monet, Rembrandt, Van Gogh, Rafael, entre outros. É realmente uma das atrações imperdíveis de Londres, para viajantes que gostam de arte, como pra quem quer entender um pouco mais do assunto.

National Portrait Gallery St. Martin Place, quase ao lado da National Gallery, aberto diariamente de 10h-18h (quintas e sextas até 21h). Entrada também gratuita. É uma galeria exclusivamente de retratos, incluindo fotografias. Entre nobres ingleses e ilustres desconhecidos ao longo do prédio, você vai achar mais interessante as conhecidas figuras do meio artístico, esportivo ou da realeza.

Você que colou na escola
Charles Chaplin
O cinema não precisava de som para quem assistisse ao maior gênio da sétima arte. Nascido em Londres em 1889, criou um dos ícones do cinema em 1914: Carlitos, o simpático e briguento vagabundo de trajes e postura característicos. Suas situações engraçadas e patéticas são uma poética e mordaz crítica político-social, como o operário de Tempos Modernos (1936) ou a formidável brincadeira com o globo na paródia de Hitler em O Grande Ditador (1940).

Anos mais tarde (1953), já filmando no cinema sonoro, foi proibido de entrar nos EUA sob acusação de comunista - mas 20 anos depois receberia um Oscar especial como um pedido de perdão e reconhecimento. Teve vários casamentos e uma atribulada vida pessoal e, entre suas obras-primas, também inclui-se O Garoto (1921), Em Busca do Ouro (1925) e Luzes da Cidade (1931).
Natural History Museum Cromwell Rd., metrô South Kensington, aberto de seg/sáb 10h-17h50, domingos 11h-17h50, entrada gratuita, exceto para exibições especiais, saindo por £5 em média. É um dos melhores museus de história natural da Europa, ideal para as crianças viajantes dos 9 aos 99 anos. Há reconstituição de esqueletos e modelos de dinossauros, exibições sobre o corpo humano e uma super interessante Earth Galleries com a evolução do planeta Terra. Tudo é repleto de interatividade. Esqueça que você não é um nativo de língua inglesa e não tem mais espinhas na cara e aperte em todos os botões a que tem direito.

Science Museum Exhibition Rd., ao lado do Museu de História Natural, aberto das 10h-18h, entrada gratuita. Os ingleses definitivamente sabem fazer museus e este de Ciências é um ótimo programa mesmo pra quem sempre odiou esta matéria no colégio. Como seu vizinho, tem muitas atrações interativas, indo de invenções britânicas desde o século 18 à medicina, astronomia e tecnologia. Anexo, um cinema IMAX de 3D, funcionando das 9h-18h e com entrada por £6,95/5,95 (estudante).

Victoria & Albert Museum Cromwell Rd., em frente aos dois anteriores, metrô South Kensigton, aberto diariamente das 10h-17h45 (quartas e última sexta do mês até 22h), gratuito. Apresenta a maior coleção de objetos de arte e decoração do mundo, passando por vários períodos (bizantino), estilos (sacro) e nacionalidades (indiana), além de outras curiosas afinidades (vestidos).

Museum of London 150 London Wall, metrô St.Paul's, aberto de seg/sáb 10h-17h50, domingos 12h-17h50. Entrada livre. Um simpático museu que pode ser visto a partir de seu horário gratuito. Conta a história de Londres, dos romanos aos anos 90, passando pelo grande incêndio que quase destruiu a cidade. Um interessante contraste é ver um trecho da antiga muralha romana que passa ao lado do museu em meio a arquitetura moderna e repleta de prédios espelhados do Barbican Centre e arredores.

Imperial War Museum Lambeth Rd., metrô Lambeth North, aberto 10h-18h, entrada gratuita. Museu da Guerra, com exibições em clima antibélico, incluindo tanques e aviões de combate, com memoráveis recriações de bombardeios, especialmente da Primeira Guerra Mundial. Da Segunda Guerra, inaugurou há pouco tempo uma área com uma primorosa reconstituição da ascensão nazista, incluindo a deportação de judeus e o holocausto. Imperdível, mesmo pra quem não é chegado no tema.

Tate Britain Millbank, metrô Pimlico, aberto diariamente das 10h-17h50, entrada gratuita, exceto para as exibições temporárias. É a galeria de pinturas britânicas com destaque, entre várias obras, para Turner e os Pré-Rafaelitas.

Tate Modern 25 Summer Street, metrô Southwark, aberto diariamente 10h15-18h (sexta e sábado até às 22h). Última entrada sempre uma hora antes do museu fechar. Gratuito, exceto exibições temporárias. Abriga ótima coleção de arte moderna e contemporânea num prédio que costumava ser uma estação de energia.

Museum of Mankind (Museu da Humanidade) 6 Burligton Gardens, metrô Piccadily Circus ou Green Park, aberto seg/sáb das 10h-17h, domingos 14h30-18h, entrada gratuita. Este é um departamento do British Museum, bem menor, menos conhecido e talvez até mais interessante. Apresenta exibições sobre várias culturas do planeta, com destaque para as civilizações não-ocidentais, além de outras mostras temporárias de grande interesse aos viajantes mais curiosos.

Design Museum 28 Shad Thames, uma caminhada do metrô London Bridge ou Tower Hill (atravessando o rio). Aberto 10h-17h45 diariamente (até 21h nas sextas), entrada £6/4 (estudante). Com um belo visual à beira do Thames, este é um dos pouco museus do mundo dedicado ao estudo do design e uma atração menos turística entre tantas em Londres. Apresentando freqüentes exposições temporárias, tem na sua coleção mobílias, aparelhos eletroeletrônicos e objetos diversos, ilustrando a história do design no século 20 pelas artes, moda, arquitetura e tecnologia.

Freud Museum 20 Maresfield Gardens, metrô Finchley Road, aberto qua/dom das 12h-17h, entrada £5/2 (estudantes). A casa onde Sigmund Freud, o pai da psicanálise moderna, morou após fugir da Áustria em 1938, então invadida pelos nazistas. A mobília e os objetos são todos originais, incluindo o seu famoso divã.

Cabinet War Rooms, Clive Steps, King Charles Street, metrô Westminster. Todos os dias das 10h-18h, entrada £5,80. O antigo QG secreto subterrâneo, da Segunda Guerra Mundial, de onde Churchill comandava as tropas inglesas. Pegue a áudio-guia e fique por dentro do que acontecia ali embaixo.

Dali Universe, County Hall, Riverside Building, metrô Waterloo. Diariamente das 10h-18h, entrada £8,95. Nova galeria à beira do Thames e junto ao London Eye. Coleção permanente do genial surrealista Salvador Dali, com mais de 500 obras incluindo desenhos, pinturas e o famoso sofá Mae West Lips.

Outros
The London Eye A Roda do Milênio, quase em frente ao Parlamento e ao Big Ben, mas no outro lado do Thames. Funciona das 9h30-20h, sex/dom até 21h, picos de verão até 22h. Ingresso £10,50. É uma grande roda gigante de 150 metros de altura (a maior do mundo), com capacidade para 800 pessoas, permitindo de seu topo uma visão de 50km, num sortudo bom dia, é claro. Acrofóbicos devem evitar, pois a volta toda está programada para levar 30 minutos, apesar do passeio todo ser bem tranqüilo.

Tower of London metrô Tower Hill, entrada ter/sáb 9h-16h/17h, dom/seg 10h-16h/17h, entrada £13,50/10,50 (estudante). Idealizado por William l (Guilherme), o Conquistador, em 1078, já foi fortaleza, palácio real e presídio e atualmente atração turística (e das mais disputadas, prepare-se). Em exposição, armas, armaduras e jóias. Uma boa pedida é participar da divertida visita guiada pelos Beefeaters, os guardas que habitam o lugar e sabem tudo sobre as fofocas e as histórias tenebrosas da Torre de Londres. De hora em hora, e gratuitas. Atração a parte é o Koh-i-noor, o diamante mais famoso da coroa da rainha-mãe. No Thames, outro dos símbolos de Londres, a Tower Bridge. Construída em 1894, a ponte sustentada por duas torres tipicamente vitorianas é certamente mais interessante vista de fora, mas quem realmente quiser pode subir por £4,50/3 (estudante).

Madame Tussaud's Marylebone Road, metrô Baker Street. Abre de maio/set diariamente das 9h-17h30 e de out/maio de seg/sex das 10h-17h30, sáb/dom 9h30-17h30, entrada £14,95/£11,70 (estudantes). O museu de cera mais conhecido do mundo, sendo na verdade uma grande curiosidade turística. O ingresso não é barato, mas vale, se você está no espírito de ver réplicas de figurinhas mundialmente conhecidas e a fim de bater uma foto abraçado/a ao Brad Pitt. Anexo, o London Planetarium, funcionando no mesmo horário, com entrada £14,95 combinada com o Madame Tussad's. Interessantes shows a cada 40 minutos, porém não deve ser muito diferente do que você veria no planetário de Porto Alegre ou São Paulo.

Você que colou na escola
The Beatles
Considerado a maior banda de rock, surgiu em 1957, estourando nos anos 60, já com sua formação final. John Lennon, Paul MaCartney, George Harrison e Ringo Starr começaram no estilo certinho, mas logo tornaram-se ícones da contracultura mundial, com uma postura mais crítica e letras contestadoras. A beatlemania varreu o mundo e nunca a idolatria e a histeria estiveram tão presentes.

Destacam-se entrem suas canções Help, Twist and Shout, Lucy in the Sky with Diamonds (polêmica pelas inicias de suas palavras, LSD), Yesterday, Let it Be e centenas de outras que até hoje tocam freqüentemente. O grupo se desfez em 1970 e as esperanças de seus fãs de um retorno acabaram com o assassinato de John em 1980. Em 2001, morre George.
Highgate Cemetery Swain's Lane, Hampstead, metrô Archway e ônibus 271. Era o cemitério preferido das nobres famílias vitorianas, com túmulos que são verdadeiras obras de arte. Dividido ao meio pela Swain Lane, o lado oeste é o mais antigo e curioso, porém acessível apenas por visitas guiadas a £3, de abr/out de seg/sex, 12h, 14h e 16h, e sáb/dom toda hora entre 11h e 16h; e de nov/mar sáb/dom entre 11h e 15h. O lado leste, se não é tão sugestivo, de quebra é onde estão os restos de Karl Marx. Funciona de abr/out, de seg/sex das 10h-17h e sáb/dom de 11h-17h, e nov-mar até às 16h. Entrada a £2.

London Zoo Regent´s Street NW1, ao norte do Regent's Park (metrô Camden Town + ônibus 274). Abre de mar/set de 10h-17h30, de out/fev até 16h. Entrada £11/9,30 (estudante). Um dos mais antigos zoológicos e com uma das mais variadas espécies do mundo, mais de 7 mil, destacando o urso panda.

Shakespeare Globe's Exhibition New Globe Walk, Bankside, metrô Southwark. Maio/set, todos os dias de 9h-12h30; out/abr, 10h-17h. £8/6,50 (estudante). Reconstrução idêntica ao teatro onde originalmente Shakespeare encenou suas peças. O ingresso dá direito a uma visita guiada pelo teatro e a uma exposição sobre o teatro inglês elisabetano. Não perca a seção onde se aprende a contribuição de Shakespeare com expressões usadas por todos nós, como "isso é grego para mim", ou "os olhos verdes do ciúme". Durante a temporada teatral na visita das 12h30 você pode pegar uma parte do ensaio dos atores.

Parques
Gratuitos (mas não as cadeirinhas que você vai ver espalhadas pelos parques - pronto, agora você sabe!), são uma excelente opção de passeio, exceto, é claro em dias de chuva. Se você for abençoado com um baita sol, aproveite a cuidadíssima grama inglesa, faça um piquenique, deite, role...

Hyde Park É o parque mais famoso de Londres, vale uma boa volta. A oeste, do outro lado do lago Serpentine, a área é conhecida como Kensigton Gardens, com a mansão que era a residência do então casal Charles/Diana. Ao sul, o Royal Albert Hall (veja adiante em concertos). Aos domingos outras boas atrações (como se o parque já não fosse o suficiente): ao longo da Bayswater Road, exposição de artistas menos favorecidos e, próximo à estação de Marble Arch, a divertida Speaker's Corner. Esta esquina é o local onde qualquer um, até você, pode subir num caixote e discursar publicamente sobre qualquer assunto, até mesmo sobre os temperos da feijoada brasileira.

St. James Park Em frente ao Palácio de Buckingham, um dos mais bem cuidados parques, com seu laguinho, cisnes, gansos e jardins com as mais belas flores de Londres. Anexo a ele, o Green Park é popular por ser bem central, em Piccadilly. O Regents Park também é central e conhecido por seu zoológico.

Hampstead, mais afastado, situa-se numa das áreas mais nobres de Londres, e você pode tomar banho num de seus lagos. Neste parque, existem áreas reservadas a nudistas - mas atenção - separadas por sexo.

Compras
Londres não é barata. Você até pode achar algumas barbadas (ou não), mas observar o comércio da cidade faz parte da viagem.

Livros Charing Cross Road é a rua (metrôs Tottenham Court Road ou Leicester Square). Passagem obrigatória aos amantes da literatura, com suas dezenas de livrarias (muitas com boas ofertas). Charing Cross Road não à-toa, é o nome original do filme Nunca Te Vi, Sempre te Amei, no qual o livreiro londrino Anthony Hopkins troca correspondência por anos com a nova-iorquina Ann Bancroft. Já, a mais completa em livros de viagem e mapas (inclusive de coleção) é a Stanfords, 12-14 Long Acre, nas imediações de Covent Garden.

CDs Virgin, Tower Records e HMV são as grandes lojas espalhadas pela cidade (ao longo da Oxford St. você encontra as três), com CDs de todos os gêneros, fitas de vídeos, DVDs, livros, revistas e outras novidades. Apesar de não ser barato, vale uma boa parada. A Tower Records de Piccadily Circus fica aberto até tarde da noite.

Você que colou na escola
William Shakespeare
O dramaturgo mais encenado do planeta nasceu em Stratford-upon-Avon em 1564. Suas peças abordam a complexidade da natureza humana, entre comédias (Sonhos de Uma Noite de Verão, A Megera Domada, O Mercador de Veneza), tragédias (Romeu e Julieta, Hamlet "Ser ou não ser, eis a questão", Rei Lear, Otelo, Macbeth) e dramas históricos (Henrique V, Ricardo lll).

Com uma biografia um pouco obscura e um vasto número de obras publicadas, já levantou-se a hipótese que alguns de seus textos teriam sido escritos por outras pessoas. Sem maiores provas, Shakespeare continua a ser o maior nome da dramaturgia de todos os tempos, e até hoje matéria-prima do cinema.
Oxford St. Uma das mais populares e comerciais ruas de Londres, congestionadíssima de pessoas e centenas de ônibus. De megastores a lojinhas de souvenirs, você até pode encontrar boas ofertas, apesar dos altos preços de Londres. A estação de Oxford Circus é o ponto central, pegando também Bond Street (uma área um pouco mais nobre) às extremidades dos metrôs de Marble Arch ao oeste e Tottenham Court Road ao leste.

Grandes lojas Harrods (metrô Knightsbridge) existe apenas uma e talvez seja a mais famosa loja de departamentos do mundo, já um patrimônio britânico. Uma tradição nas grandes lojas são as chamadas liquidações de janeiro, logo após aquele consumismo enlouquecido do Natal. Para brinquedos, a Hamleys (na Regent St., uma rua mais chiquezinha, saindo do metrô Oxford Circus) é uma das maiores da Europa.

Shopping Centers Não há muitos na concepção dos shoppings que temos no Brasil. Um deles é o Whitleys, em Bayswater (metrô Bayswater ou Queensway), na Queensway, rua que desemboca numa das entradas no Hyde Park.

Feiras
Mais do que mercados ou locais de compra, é a oportunidade de sair das áreas centrais, conhecendo um pouco mais de Londres por zonas menos turísticas com mercadorias novas e usadas.

Camden Market, metrô Camden Town, sáb/dom das 8h-18h. Uma das feiras mais alternativas de Londres (ainda que também uma das mais turísticas), seguindo toda a rua a partir da estação. Domingo pela manhã é um dia legal, com toda a efervescência característica.

Portobello Rd., metrô Notting Hill Gate, no tradicional bairro de Notting Hill, muito antes de Julia Roberts dormir com Hugh Grant naquele filme divertidinho. Durante a semana é um mercado de frutas e verduras; vá aos sábados pela manhã, quando há antigüidades, mercadorias de segunda-mão e todo tipo de objetos, não exatamente baratos, mas sempre pechincháveis. Caetano Veloso morava por ali e o bairro vizinho Bayswater, já foi conhecido como Brasilwater pela quantidade de brasileiros que viviam na área.

Brick Lane, metrô Aldgate East, domingos até às 14h. É o mercado dos imigrantes das ex-colônias britânicas. Interessante para quem quer conhecer uma outra face de Londres.

Brixton Market, metrô Brixton. De seg/sáb das 8h-17h30 (quartas até 13h). Bancas de verduras e mais adiante na área roupas novas e usadas. Uma região que provoca temor e paixão, longe do mundo turístico londrino.

Diversão
Shows têm todo o dia, e de repente você pega alguma de suas bandas favoritas. Em Londres você pode conferir pela revista Time Out ou naquelas casas que vendem ingressos (entre outros endereços, em Leicester Square e Oxford Circus).

Teatro britânico é muito popular. A chamada West End é a Broadway de Londres e os famosos musicais se encontram por lá, nas redondezas da Shaftesbury Avenue, entre Leicester Square e Covent Garden. Os ingressos são muito disputados, e você até encontra nas casas que só vendem isso (Ticket booth), pagando nem sempre o desconto que propagandeiam, apesar das filas existentes. Com sorte, você consegue os menores preços no próprio teatro, algumas horas antes do espetáculo. Bem menos conhecidos, mas talvez mais aclamados, são os fringe (à margem), o teatro menos comercial com textos mais ousados ou alternativos -, para quem tem um domínio melhor de inglês.

Cinema, os grandes telões estão em volta da praça de Leicester Square. Se vir uma multidão em frente a algum deles, provavelmente é uma pré-estréia com algum figurão hollywoodiano. No outro extremo (reprises) e bem próximo dali está o pouco ortodoxo Prince Charles, o ingresso mais barato de Londres (a partir de £2) com suas inevitáveis sessões cult de sexta-feira à meia-noite (ou horário próximo), a conferir.

Concertos e shows de jazz você pode conferir no já citado South Bank Centre e em Barbican (metrô Barbican ou Moorgate), onde também há teatro e cinema entre outra atrações. Palco sagrado do jazz mesmo é o Ronnie Scott's, talvez o mais famoso club de jazz do mundo, local onde tocaram todos os grandes nomes do gênero nos últimos 50 anos. No coração do Soho, na Frith Street quase esquina com a Old Compton Street, apresenta shows todas às noites. Música clássica você pode encontrar também no célebre Royal Albert Hall (metrô High Street Kensington ou Knightsbridge), cenário da memorável seqüência final do filme O homem que sabia demais, de Alfred Hitchcock.

Pubs funcionam só até 23h, quando toca o sininho. Mas achar que a noite termina a essa hora, só para quem não conhece Londres. Bares do Soho ficam abertos até tarde da noite, assim com dezenas de clubs. As discos de Londres são famosas como formadoras de tendências e talvez as mais freqüentadas sejam os clubs gays, mesmo pra quem não faz parte da tribo.

Arredores
Greenwich A 10km a sudeste de Londres. Você chega lá com o trem Docklands Light Railway, saindo da estação de Tower Hill. Ainda mais cênico (e caro, em torno de £7,50), pode-se ir de barco pelo Thames, partindo de South Bank. Chegando pela beira do rio, atravesse o túnel para a outra margem e siga em direção ao morro onde está o Observatório Real, fundado em 1675 por Charles II. Abre das 10h-17h, gratuito. É onde se localiza o meridiano que determina as horas do planeta (é aqui onde o bom turista tira aquela foto com um pé no Hemisfério Leste e outro no Oeste). O grande barato é quando a noite chega. Com a escuridão pode-se ver e curtir um cabo verde de laser cruzar o céu de Londres, delimitando a exata localização do meridiano. A linha parte do Observatório Real e segue muito longe, até onde seus olhos alcançam. Outras atrações funcio-nando no mesmo horário são o Cutty Sark, construído em 1869, foi um dos últimos navios a trazer seda e chá do Oriente aos ingleses, entrada a £3,90; e o National Maritime Museum, entrada gratuita. É um dos maiores museus de história naval existentes, caracterizando a região como uma verdadeira área náutica.

Kew Gardens Metrô Kew Gardens, abre de mar/ago de seg/sex das 9h30-18h30 e sáb/dom até às 19h30; set/out até às 18h, de nov/fev até 16h15 e fev/mar até 17h30, entrada £6,50/4,50 (estudante). Também conhecido por Royal Botanic Gardens, é o jardim botânico de Londres, que encanta pela graça do ambiente, suas jóias arquitetônicas e, é claro, a beleza e variedade da flora.

Windsor Castle Trens partem das estações de Waterloo ou Paddington para Windsor a cada 30 minutos. Entrada no castelo das 10h-16h (17h30 no verão, de abr/out), £11,50 para entrar. Este que é um dos maiores castelos habitados do mundo e tem sido residência real nos últimos 900 anos. Dentro do castelo, destaque a St. George's Chapel (fechado domingos) e ao State Apartments.

Hampton Court Palace Trens de Waterloo station até Hampton Court (cerca de 30 minutos), aberto seg das 10h15-18h, ter/dom 9h30-18h (no verão), seg 10h15-16h30, ter/dom 9h30-16h30 (inverno). O parque ao redor fica aberto das 7h ao anoitecer. Entrada £11/8,25 (estudantes e maiores de 65). Palácio do século 16, construído no estilo Tudor, foi utilizado por Henrique Vlll e 5 de suas 6 esposas. Confira o labirinto no pátio.

ESCÓCIA - EDIMBURGO

Edimburgo, com 470 mil habitantes, é a capital da Escócia, considerada uma das mais bonitas do Reino Unido. Dentre as imponentes imagens que a cidade oferece, destaca-se o castelo. Suas ruelas da Old Town são uma viagem à Idade Média e os sons da gaita de foles vindo de algum lugar dão o clima perfeito ao astral escocês. De imediato percebe-se que já estamos a uma distância razoável da Inglaterra. A cidade oferece também uma boa variedade de museus - muitos gratuitos, além dos diversos festivais artísticos no verão.


Informações
Código de acesso 0131

Centros de Informação Subindo da estação de trem, na Waverley Market, 3 Princes St., aberto diariamente das 9h-16h (até 20h no verão e domingos a partir das 10h). Muito panfleto e material informativo de Edimburgo e arredores; também reserva de hotéis por £3.

Internet International Telecom Centre, 52 High Street, próximo a North Bridge, funciona das 9h-22h. Dispõe de 24 computadores e custa £1/15min. National Library, George IV Bridge, suba a Royal Mile e dobre a esquerda um pouco antes do castelo. Um conjunto de prédios de ambos os lados da rua formam a biblioteca, sendo um deles, no lado direito, o Internet Centre. Acesso gratuito mas o tempo de uso depende do movimento, normalmente no máximo 1 hora.

Na cidade
Orientação
O castelo (Edinburgh Castle) é o marco natural. A principal rua é a Princes Street, saindo da estação de trem, essa mesmo embaixo do morro do castelo, que divide a cidade em Old (a parte de cima) e New Town (à direita de quem sai da estação). Entre elas, o Princes Street Gardens, o vale abaixo do castelo, ideal para uma caminhada sem compromisso. A principal rua da Old Town é a popular Royal Mile, cruzando toda a cidade velha desde o castelo, no topo do morro, até o Palácio de Holyroodhouse. A rua muda de nome ao longo do caminho, começando lá embaixo como Canongate, depois virando High Street - na sua parte mais central -, Lawnmarket e Castle Hill, já chegando no castelo.

Chegando e saindo
A principal estação de trem, Waverley Station, fica a leste na Princes Street. A estação de ônibus (coach station) fica na St. Andrew Square, já na New Town, atravessando a mesma rua principal na altura da estação de trem. Vindo de Londres, ônibus saem da Victoria Coach Station levando de 7h-8h30 de viagem; trens partem da estação London King's Cross, fazendo o trajeto de 4h30-5h30, conforme o trem e o horário. Para o interior, Edimburgo é a saída mais freqüente para explorar a Escócia. Um ótimo ônibus - Airport City Centre - faz a ligação do aeroporto com o centro em 25 minutos, tendo como começo/fim da linha a Waverley Bridge, a principal ponte unindo a Old e a New Town. A passagem custa £3,50 trajeto único ou £5 ida e volta, das 4h20 às 23h30.

Circulando
Apesar das subidas e a distância de alguns albergues, Edimburgo pode ser conhecida à pé. No entanto, se quiser pegar ônibus, a passagem é mais barata do que em Londres, a partir de 60p até £1. Informe ao motorista o seu destino para pagar o valor correspondente (e guarde o bilhete em caso de controle). Há o passe de ônibus de 1 dia, custando £2,50 ou £1,80 fora do horário de pico mas dificilmente valerá a pena.


Comes & Bebes
Edimburgo não é a melhor cidade para encontrar barbadas quando se fala em comida. Alguns restaurantes mais em conta você encontra ao redor da universidade, na Nicolson Street, vindo da North e South Bridge, alguns quarteirões ao sul da estação de trem. Como em Londres, você pode encontrar na hora do almoço algumas pizza-buffet por £5,59, como a Pizza Hut, na Cockburn St, North Bridge quase esquina com a High St ou Frederick St quase com a Princess St.

Atrações
Edinburgh Castle No alto do morro, aberto de abr/out 9h30-18h e nov/mar 9h30-17h (admissão até 45min antes de fechar), entrada £8,50. A maior atração de Edimburgo, oferecendo uma bela vista da cidade. O castelo foi residência e fortaleza real, centro da vida escocesa por nove séculos. Sua construção mais antiga é a St. Margaret's Chapel, datada do século 12. Visitáveis também são os state apartments, incluindo o quarto onde nasceu o rei James VI da Escócia, o Great Hall e as jóias da coroa escocesa (Crown Jewels). No verão podem haver filas homéricas e as visitas ao interior do castelo podem ser um suplício aos claustrofóbicos.

Palace of Holyroodhouse No extremo oposto da rua do castelo (que passa por 5 nomes diferentes, ver atração seguinte). Aberto de abr/out das 9h30-17h15 e nov/mar 9h30-15h45, entrada £5,50. Construído basicamente no século 17, ainda hoje é a residência oficial da rainha Elisabeth na Escócia, e portanto está fechado quando a mesma estiver lá, o que não tem exatamente uma data. O maior atrativo do palácio, além da sempre curiosidade de seu interior, foi ter hospedado a rainha Mary e onde seu secretário foi assassinado (britânicos adoram fazer marketing com crimes).

Royal Mille A rua entre o castelo e o palácio (que também se chama Castle Hill, Lawnmarket, High Street e Canongate), onde estão várias lojinhas, pubs, museus, a catedral e várias casinhas configurando uma bela atmosfera medieval. Na seqüência, saindo do castelo: a Gladstone's Land, de seg/sáb das 10h-17h, domingos a partir das 14h, entrada £3,50. A casa é um dos melhores exemplos de uma típica habitação do século 16. Praticamente ao lado fica o The Writer's Museum (Lady Stair's House) resgatando parte da história escocesa através da vida e obra de seus maiores escritores. Entrada gratuita. A seguir Catedral de St. Giles, acesso gratuito, das 9h-17h, construída a partir de 1120, é o centro da Igreja escocesa. Aos fundos, a Casa do Parlamento, prédio do século 17. Mais adiante, passando a North/South Bridge, John Knox's House, abre de seg/sab das 10h-17h, e domingos (somente no verão) a partir das 12h. Entrada £2,25/1,75 estudantes. Ainda na linha histórica, apresentando a casa (uma das mais antigas de Edimburgo) onde teria morado o líder da Reforma Protestante da Escócia, em meados do século 16. É questionável se John Knox viveu ou não na casa, mas na prática é ali que é contada sua história e importância. Na frente, o Museum of Childhood (Museu da Infância), abre das 10h-17h/18h, exibindo brinquedos, jogos e bichos de pelúcia, no mínimo uma atração curiosa (e gratuita!). The People's Story, já na Canongate (nº 163), outra boa atração gratuita, abre das 10h-17h/18h, contando a história do povo da cidade de Edimburgo, do século 18 até o presente.

Museus
Museu de Edimburgh Na Canongate, em frente ao The People's Story, de seg-sab das 10h-17h e domingos (durante a época dos festivais) das 12h-17h, entrada gratuita. Desde moedas romanas e pontas de flecha até fotos e maquetes. O museu é simples, vale a visita se você tiver tempo.

National Gallery of Scotland Na esquina da Princes Street e The Mound, abre das 10h-17h, domingos 14h-17h, entrada gratuita. É uma pequena galeria expondo grandes mestres como Van Gogh, Rembrandt, Monet, Goya e El Greco, além de artistas escoceses mais chegados ao anonimato.

Scottish National Portrait Gallery 1 Queen St, aberto das 10h-17h, domingos a partir das 14h, entrada gratuita. Pinturas e retratos de escoceses famosos como a rainha Mary da Escócia e o ex-007 Sean Connery.

Royal Museum Chamber St, entrada das 10h-17h, domingos 12h-17h e terças até 20h, também gratuito neste dia a partir das 16h30. Entrada gratuita. Edifício vitoriano, abriga uma miscelânea de atrações como história natural, motores a vapor, artefatos egípcios e de arte decorativa.

Museum of Scotland Chamber St. Funciona nos mesmos horários do Royal Museum. Entrada gratuita. Apresentando a história escocesa da pré-história aos dias de hoje, incluindo passagens dos vikings e celtas.

The Scottish National Gallery of Modern Art Belford Road, aberto das 10h-17h, domingos a partir das 14h, entrada gratuita. Arte do século 20, obras surrealistas e artistas como Picasso, Matisse e Roy Lichtenstein.

Festival
O Festival Internacional de Edimburgo é um dos mais famosos da Europa e, desde 1947, ocorre anualmente da segunda quinzena de agosto ao início de setembro, com apresentações de música, teatro e arte performática. Dentro do evento, o Fringe Festival é bastante popular, com apresentações teatrais alternativas e experimentais. Correndo por fora, mas na mesma época, o Edimburgo Jazz Festival, o International Film Festival e o Military Tatto, com desfile de militares em frente ao castelo. Nada é gratuito. Ingressos variam de poucas libras até um valor que você não vai querer pagar.

INVERNESS

Capital das Highlands, as terras altas escocesas, Inverness, com 35 mil habitantes, é uma pequena e simpática cidade sem muito a oferecer, sendo de fato um bom ponto de partida para explorar a região.

Descubra trilhas nas redondezas com viajantes hospedados nos albergues - junto com o eficiente CI, os hostels são um bom local para se informar sobre rotas de trekking. Inverness também é bastante conhecido pela proximidade do Lago Ness, aquele do monstro mais popular do Reino Unido.


Informações
Código de acesso 01463

Centros de Informação Fica na Castle Wynd. com a Bridge Street, saindo da estação (ônibus ou trem), pegando a Academy Street e seguindo pela esquerda até High Street, indo por esta em direção ao rio (oeste). Abre no verão das 9h-20h (domingos 9h30-17h) e no inverno das 9h-17h (sáb/dom 10h-16h). É um bom ponto de partida, com infindáveis panfletos e informações das Highlands, de sugestões de trekkings à reserva de hotéis e Bed & Breakfast (taxa de £3), sem se esquecer das indefectíveis lojinhas.

Internet No próprio centro de informação, por £2,50 a hora ou na biblioteca, gratuitamente, situada na Farralice Park, atrás da estação de ônibus. Precisa fazer um cadastro, que vai valer para todas as bibliotecas na Highlands. Aberta segunda e sexta de 9h às 17h30, terça e quinta até 18h30, quarta de 10h às 17h e sábados de 9h às 17h.

Na cidade
A estação de trem e ônibus são quase ao lado uma da outra, ambas desembocando na Academy Street. Pontos de referência são seus calçadões, a High Street, que vai até o rio, e a Market Arcade, em frente à estação de trem. E para onde você for na cidade, vá a pé. Ou, uma boa idéia, especialmente no verão, é alugar uma bicicleta. Você encontra na Bike Bus, fone 831679, e Barney's, fone 232249. Também no albergue Student Hotel, por £6 meio dia.

Chegando e saindo
Ônibus são freqüentes para vários locais, especialmente Edimburgo (4 horas), Glasgow (3h30) e boa parte do norte da Escócia. Trens vão também a Londres, eventualmente fazendo baldiação em Edimburgo. Um dos trajetos mais populares é até Kyle of Lochalsh (2h30), no noroeste do país, uma das mais belas paisagens da viagem da Grã-Bretanha.

Atrações
Na cidade não há muito o que fazer em termos de atrações turísticas tradicionais. Você pode matar o tempo caminhando pelo curto calçadão da High Street ou curtindo a natureza, certamente um dos pontos altos de Inverness, andando ao longo do Rio Ness até as Ness Islands, um grupo de pequenas ilhas, bastante tranqüilas e relaxantes. Existe ainda o Inverness Museum and Art Gallery, quase ao lado da CI, que você pode checar porque a entrada é gratuita, de seg/sáb das 9h-17h, Castle Garrison, o apático castelo (que não é aberto a visitações) um pouco mais atrás e, do outro lado do rio, o Kiltmaker Visitors Centre, exposição sobre a história dos tartans e visita à fábrica com as mulheres trabalhando. Entrada £2, aberto no verão de segunda a sábado das 9h às 21h e domingos de 10h às 17h. No inverno de segunda a sábado de 9h às 17h.

Arredores
Lago Ness O lago se tornou mundialmente famoso pela lenda do monstro, que por diversas vezes teria sido visto e fotografado. Acredite se quiser. Se não quiser, não importa, o marketing já foi feito e este é o motivo que atrai o maior número de visitantes. Para estes, o ponto ideal para conhecer o lago é em Drumnadrochit, onde dois museus corroboram com a lenda, além da facilidade do ônibus saindo da estação de Inverness, a cada duas horas (ou somente às 9h45 e 17h15, conforme a temporada), parando na cidade e no castelo, £6,90 ida e volta). Para quem está de carro, o lago pode ser admirado ao longo de sua extensão, uma estreita falha geográfica, conhecida como Great Glen, de 37km de comprimento que chega até 230 metros de profundidade, alongando-se de Inverness até Fort William. Genericamente, o lago delimita, ao seu norte, o início das Highlands.

Urquhart Castle À beira do lago Ness, alguns quilômetros a frente da cidade de Drumnadrochit, mas acessível com o mesmo ônibus. São as ruínas daquele que já foi um dos maiores castelos e fortalezas da região. Dizem que o monstro mora em cavernas embaixo do castelo, cuidado. Aberto das 9h30-18h30 de abril a setembro, última admissão 45 minutos antes, entrada £5,50.

Official Loch Ness Exhibition Centre e The Original Loch Ness Visitor Center Eis uma curiosa disputa entre os dois "museus" vizinhos situados em Drumnadrochit e que contam a lenda do monstro, o oficial vs o original. O primeiro é mais moderno, trabalha basicamente com recursos de imagem e multimídia. Já o Original é de fato o mais antigo, apresentando fotos e filminho. Apesar da simpatia da velhinha gerente, se você realmente for em algum deles, prefira o Oficial. Entrada £5,95/4,50 (estudante) para o primeiro e £3,50/3 (estudante)+ £0,50 pelo filme para o segundo.

ISLE OF SKYE

Fazendo parte das ilhas Hebrides, Isle of Skye é a de mais fácil e rápido acesso do continente - você mal percebe que está numa ilha. Existe um bom número de cidades e vilarejos (Kyleakin, Broadford, Uig e, a principal, Portree), a maioria delas com Bed & Breakfast e acomodação mochileira, especialmente albergues independentes.

Com o relevo recortado, com uma boa dose de castelos e ruínas, penhascos e montanhas, a ilha de Skye é o local perfeito para fazer uso da boa saúde e respirar profundamente o puro ar rural do norte escocês.


Informações
Código de acesso Varia conforme a cidade.
Centros de Informação Em Kyle of Lochalsh, Broadford, Portree e Uig. Talvez mais do que da pesca a ilha viva do turismo; aproveite o Tourist Information como um suporte no planejamento de sua viagem - o que eventualmente pode também ser muito bem feito em seu próprio albergue.
Internet No Centro de Informação em Portree e no Cuchulain Backpackers (£1/hora), em Kyle Of Lochalsh.

Na cidade
Ônibus percorrem a ilha, mas com horários limitados. Utilize-o na máximo para chegar a sua vila e faça o resto a pé - provavelmente é para isto que você está ali. Para circular ao longe com liberdade, o ideal é estar com um carro ou alugar uma bicicleta. Esta última você consegue em Broadford, na Fairwinds Cycle Hire, fone (01471) 822270 e em Portree, na Island Cycles fone (01478) 613121.

Chegando e saindo
A maneira mais comum de chegar na ilha é pela pequena cidade de Kyle of Lochalsh, geralmente vindo direto de Inverness. O trajeto entre estas duas é uma viagem à parte, uma das mais bonitas paisagens do país. Em Kyle, você pega o ônibus que atravessa a ponte para as cidades da ilha, geralmente parando em frente aos albergues. Confirme com o motorista.

Acomodação
Kyleakin International Hostel, albergue HI, em Kyleakin, chegando de ônibus por Lochalsh, passando a ponte. Fone 0870 1553255. Diárias £10,75 (£11,75 em julho e agosto), café da manhã não incluído. Grande, são dois prédios com 120 camas num total de 40 quartos, para 2 a 6 pessoas. Cozinha disponível, lava e seca por £1 + £1. Faz aquele estilo correto de um albergue oficial, dedicado especialmente a famílias e com curfew às 2h da manhã.

Skye Backpackers, albergue independente, em Kyleakin, um pouco antes do albergue HI. Fone 0870 534510. Diárias £10/11 entre junho e setembro, com 2 doubles por £25 (£28 na alta temporada). Café da manhã disponível por £1,90. São 35 camas e as instalações são limpas e agradáveis. Quartos para 4 a 8 pessoas, cozinha disponível e serviços de lavanderia por £2,50. A galera é simpática e vale também pelos mapas e informações da região que oferecem. Fazem um imperdível tour de um dia inteiro por £18 (aberto mesmo a quem não está hospedado), visitando alguns lugares de difícil acesso para quem não está de carro. Os guias são sempre escoceses que sabem tudo sobre as lendas da ilha e, importante, como amarrar um kilt.

Atrações
Descubra onde você quer ir e o que quer fazer, pegue um mapa e todas as informações no próprio albergue ou nos CIs existentes. Opções de trekking não faltam, assim como ruínas de castelos pelas redondezas. No albergue Skye há um interessante mapa vinculando as paisagens aos cartões postais da Escócia. Um deles é o Eilean Donan (10h-17h30, entrada £4,50 + £3,40 de ida/volta de ônibus, com 6 horários partindo de Kyle), nas proximidades, um dos mais fotogênicos castelos da Grã Bretanha. A oeste da ilha, outra atração top, Cuillins Hills, popular entre alpinistas e trekkers, com montanhas beirando

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